Talamaska

     Talamaska é um grupo específico de caçadores: o de Caçadores de Artefatos e Relíquias. Fundado logo após a Segunda Guerra Mundial, a Talamaska era uma dissidência alemã dos Templários e da Thulegesselchaft (uma ordem secreta associada aos nazistas), que utilizava os conhecimentos Arcanos de Heinrich Himmler, Dietrich Eckart e Rosember, aliados ao grande poderio nazista para procurar artefatos como a Arca da Aliança, o Graal, a Lança do Destino e outros.
     Com o final da guerra e destruição aparente da Thule, a Talamaska abandonou a Alemanha, levando consigo dezenas de pequenos artefatos, obras de arte e mapas de indicação para a Áustria, bem como uma fabulosa conta bancária proveniente das vítimas dos campos de concentração.
     Com esse dinheiro inicial, a Talamaska passou a investigar o oculto, acreditando que, se havia alguém capaz de encontrar e manter relíquias místicas, esse alguém seria uma criatura sobrenatural. Utilizando de seus recursos e sua tecnologia, a Talamaska estabeleceu-se na Europa (Áustria e Itália são suas maiores Casamatas) e mais tarde em Londres e Paris.
     Os observadores da Talamaska vasculham diariamente notícias de jornais, internet, revistas e televisão em busca de qualquer indício de atividade sobrenatural, e quando encontram, fazem uma série de referências cruzadas para averiguar o valor destas informações. Uma vez estabelecida uma prioridade, um pequeno grupo de batedores é chamado para investigar o ocorrido e tomar notas.
     A organização interna é muito complexa e intrincada, na qual os integrantes mais jovens atuam na chamada “need-to-knowbasis” (você só sabe aquilo que necessita) e passam boa parte de seu tempo em pesquisas, estudos e catalogação.
     Os integrantes mais experientes vão a aventuras para procurar mapas de tesouros, livros e informações em bibliotecas perdidas, bem como investigam fenômenos, demônios e espíritos menos poderosos. Aqueles com muitas aventuras nas costas são designados para participarem das “expedições” aos locais mais inóspitos da Terra (Himalaia, Tailândia, África e Sibéria são apenas alguns exemplos de expedições recentes).
     Os líderes dessas expedições são chamados de Sr.Jones, em homenagem a um grande arqueólogo da década de quarenta.
     Dentro da Talamaska, os grupos são organizados em células, compostas de cinco indivíduos com características e treinamentos diversos. Cada membro da célula conhece apenas seus colegas e possivelmente o mentor da célula, embora membros de diferentes células possam ser chamados para expedições que exijam conhecimentos específicos. Cada célula se comunica apenas com o mentor, que repassa as informações para outras células mais internas. Apesar de cada célula possuir apenas um mentor, duas pessoas acompanham de perto os movimentos desta: o Mentor e o Observador. Cabe ao Observador relatar os acontecimentos da célula aos membros do Conselho interno e vistoriar o trabalho do Mentor. Cada Observador também é responsável por uma célula, caso alguma coisa venha a acontecer com o Mentor dela.
     As células mais antigas formam o conselho e dizem que entre os membros desse Conselho estão um dos curadores do Museu Britânico e um dos coordenadores do Louvre.
     A Talamaska também costuma contratar os serviços de arqueólogos, egiptologistas, museólogos e especialistas em diversos campos de tradução e pesquisa. Em expedições mais distantes, tradutores e até mesmo pequenos exércitos particulares são requisitados.
     Os membros da Talamaska vivem nas chamadas Casamatas, casas fortificadas da Ordem, nas principais cidades européias, mas podem possuir casa ou apartamentos em cidades próximas, se reunido apenas para missões mais importantes. Quando algum membro da Talamaska está em missão, a Ordem providencia todo e qualquer equipamento que os integrantes da célula necessitem, incluindo passagens aéreas e hospedagem nos melhores hotéis.